Ano Bissexto
Ano bissexto é aquele que possui um dia a mais que os anos normais. Tal
diferenciação foi criada em 238 a.C. no Egito, mais especificamente em
Alexandria quando acrescentaram um dia a mais no calendário, mas somente
foi adotado em 45 a.C., em Roma, através do imperador Júlio César. O
objetivo da criação do ano bissexto é alinhar o calendário atualmente
utilizado com o ano solar, ou seja, com o movimento de translação, onde a
Terra gira em torno do Sol.
Enquanto o calendário atual se finda em 365 dias, o calendário solar
termina em 365 dias e 6 horas, o que faz com que haja um desarranjo que
necessita de adaptação para funcionar em harmonia. Dessa forma, a cada
quatro anos o mês de fevereiro ganha um dia a mais para compensar tal
desarranjo.
Para calcular os anos bissextos, utilizam-se tais regras:
- A cada quatro anos há um ano bissexto.
- São bissextos todos os anos múltiplos de 400.
- Não são bissextos os anos múltiplos de 100.
Tais regras básicas determinam que a cada 400 anos existam 97 anos
bissextos, porém, apesar de tantas modificações ao longo do tempo ainda
existem outros problemas, pois o período que a Terra demora para
realizar o movimento de translação pode variar, o que permite pequenas
alterações, como por exemplo em 1972, quando o setor responsável pelo
estudo do tempo acrescentou um segundo no último dia do ano.
Curiosidade: O termo bissexto foi empregado por causa do acréscimo de um
dia no ano, tornando-o com 366 dias, como são dois seis, originou-se o
termo bissexto (dois seis).
Fonte: http://www.brasilescola.com/curiosidades/ano-bissexto.htm
Júlio César e o ano bissexto
O que Júlio César, o famoso general e ditador romano, tem a ver com o ano bissexto? E o que é um ano bissexto?
Ano
bissexto é o ano composto por 366 dias, sendo que o mês de fevereiro
passa a ter 29 dias, e não 28 como ocorre nos demais anos. Os demais
anos têm cada um 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. É essa
diferença de mais de cinco horas que nos leva a adotar o ano bissexto.
Mas
uma diferença em relação a quê? O calendário é uma forma de contagem do
tempo criada pelos humanos. A referência para se criar um calendário
são os movimentos dos objetos celestes, como a lua e o sol. O tempo que a Terra
leva para dar uma volta em torno do Sol é denominado de ano. Mas pelo
que foi dito acima, um ano não tem 365 dias exatos, já que o movimento
da Terra em torno do Sol leva um pouco mais de tempo para ocorrer.
Foi para tentar resolver essa defasagem que Júlio César, em 46 a.C., pediu que o astrônomo Sosígenes de Alexandria
o orientasse na reforma do calendário que vigorava em Roma. A lenda
dizia que o calendário romano havia sido criado pelo fundador da cidade,
Rômulo. Esse primeiro calendário tinha 304 dias, divididos em 10 meses,
sendo 6 de 30 dias e 4 de 31 dias. Mas, como vimos, essa contagem não
batia com o tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno
do Sol.
O
sucessor de Rômulo, Numa Pompílio, buscou resolver esse problema com a
inclusão no calendário de mais dois meses, um com 29 dias e outro com 28
dias, sendo que um dia de cada um dos outros meses seria retirado. Com
isso, o ano nesse calendário passou a ter 355 dias. Para resolver a
diferença entre a contagem do calendário e o movimento da Terra, a cada
dois anos um outro mês era acrescentado.
Mas
o calendário não era seguido de forma correta. Com o passar do tempo, a
diferença entre o movimento da Terra e a contagem do calendário só
aumentava. Na época de Júlio César a diferença chegou a ser de 80 dias!
A
solução de Júlio César foi profunda. Inspirado no calendário solar
egípcio, Sosígenes de Alexandria propôs que o calendário passasse a ter
365 dias e a cada quatro anos um novo dia fosse acrescentado para poder
superar a diferença entre o tempo do movimento da Terra e o do
calendário. Esse dia era o dia bissexto.
O
nome bissexto vem da forma de contagem do mês entre os romanos. O mês
era dividido em três partes: as calendas eram os primeiros dias; as
nonas, os dias intermediários; e os idos, os dias finais. O dia
acrescentado era o bis sextus ante kalendas martias, em latim. Era a repetição do sexto dia antes das calendas de março, já que os romanos contavam os dias de forma regressiva. Essa é a origem do nome.
Resolvido
a adotar o novo calendário, Júlio César precisava ainda superar a
defasagem de 80 dias. Para isso, resolveu que o ano 46 a.C. teria 445
dias, entrando nos trilhos a contagem do tempo no ano posterior. Por ser
um ano com tantos dias, ele ficou conhecido como o Ano da Confusão.
Como disse Obelix, personagem da história em quadrinhos Asterix: “São loucos, esses romanos!”
O novo calendário passou a se chamar calendário juliano,
em homenagem a Júlio César. Ele ganhou após a morte um mês para si: o
mês de julho. O imperador Otávio Augusto queria também ter um mês, e o
oitavo mês do ano passou a se chamar agosto. Foi retirado ainda um dia
de fevereiro para que os meses de julho e agosto tivessem a mesma
quantidade de dias.
O
calendário juliano vigorou no mundo ocidental europeu até o século XVI,
quando a defasagem dos dias estava grande novamente: 11 dias. Uma nova
reforma do calendário foi necessária e quem a ordenou foi o papa
Gregório VIII. Daí o nome de calendário gregoriano dado ao calendário que usamos nos dias atuais.
Por Tales Pinto
Mestre em História
Fonte: http://www.escolakids.com/julio-cesar-e-o-ano-bissexto.htm